terça-feira, 27 de novembro de 2007

CAMINHOS


O meu fado é seguir calmamente pela estrada da
Verdade,
Amizade,
Esperança,
Compaixão e
Perseverança.
Nesse percurso sei que vou encontrar alguns becos e um ou outro muro.
Mas até nessas situações meu coração sabe o que fazer. Eu ensinei-lhe que ele não se pode deixar ir a baixo. Expliquei-lhe que tem de ter algum sangue frio para conseguir obter uma decisão sensata. E assim, ele aprendeu que quando o nosso fado nos leva ao encontro desses becos e muros, a única coisa a fazer é lutar com um pouco mais de força.
Ter a consciência de que vai ser um pouco mais difícil do que costume seguir em frente, mas que não é de todo impossível, nem que para isso tenhamos de refazer o nosso percurso.
Ele sabe todas estas coisas.
Mas ele ainda está um pouco frágil e debilitado devido a algumas situações menos agradáveis do recente passado, e então tem alturas em que se esquece da lição estudada, e…chora!
Penso não ser nada muito preocupante, visto que eu lhe dou toda a liberdade para chorar sempre que ele necessita.
Chora, chora, chora…
Hoje em dia até o deixo falar abertamente da sua dor, porque sinto que o ajuda.
E pouco depois, sinto-me tão leve e feliz…porque o vejo Sorrir!
Que dádiva maravilhosa é
Saber sorrir,
Poder sorrir,
Conseguir sorrir!

Pensar que andei anos e anos a cambalear, a tropeçar, a cair, e agora me encontro de pé.
De cabeça erguida e
Orgulhosa por assim ser.
Pensar que toda a minha vida andei escondida de tudo e de todos, julgo ter andado escondida até de mim mesma.




Chorei tanto em silencio…
Sofri tanto em silêncio...
Gritei tanto por socorro em silêncio...
E agora aqui estou,
Livre
O Meu Coração
Encontra-se
Livre para
Chorar
Falar
Sorrir
Ser feliz


Sim, é verdade, estou para aqui a escrever um parafernal de clichés!
È a vida.
A vida é um cliché.
Eu, Tu, e Qualquer pessoa pode confirmá-lo.
Basta sairmos para a rua com olhos de ver, ou melhor,
Basta olharmos à nossa volta com os
Olhos do Coração.
Os erros cruciais da vida têm vindo a repetir-se de geração em geração.
(e não é por falta de aviso com toda a certeza/o fruto proibido é sempre o mais apetecido)

(É quase como um déjà vu…Talvez!)

Acho que sempre soube olhar para os outros com o Coração
Mas ao longo dos anos fui-me esquecendo de olhar para o meu próprio Coração.
Ele foi perdendo a vitalidade
Quase ficou sem luz
(Para ser sincera não faço ideia de como dei pela falta do meu próprio pulsar.
Sempre fui vaidosa.
Sempre me olhei ao espelho todos os dias.
Como é que nunca reparei que já li não estava?)
Agradeço_ não sei bem a quê ou a quem _, mas agradeço.
OBRIGADA

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Diário da minha Fuga para o Regresso

Vou neste momento num comboio,daqueles bem antigos dos filmes de época.
Vou refugiar-me algures numa aldeia do interior.
Alinhar os pensamentos,as vontades,as prioridades!
Há pressão a mais para tudo nesta cidade linda que é Lisboa.
Acordar e pensar que tenho de ir à luta...Corta-me a respiração!
Não tenho perfil de guerreira nem de vencedora.
Pode ser que nesta viagem,comigo se cruze alguém,capaz de me ensinar a voar sobre as questões que me afogam!
Passei dias chorosos,mas um choro sereno.
Da falta de,Não Ter Tempo, sequer para pensar...
É uma inquietação normal e que está de passagem_assim o espero.
9.11.2007 10h manhã comboio Abrantes
Fiz uma viagem,longa...
Quis o coração
Distanciar-se da bela cidade
Que ama e lhe pertence
A cabeça
Que o teima em silenciar
Tentou,mais uma vez,amarra-lo
Mas ele fez-se forte!
Fez as malas,com o necessário
Deixou em terra,o que de mais precioso e palpável tinha.
Inspirou-se nos antepassados e fez-se ao mar,
Na companhia das suas dores
Em alto mar
Parou o barco,
Afogou os medos,
Arriscou
E entregou à gaivota os sonhos,
Na esperança de ela os projectar
O mais alto que conseguisse
(e que eles assim o merecessem voar).
Na noite escura regressei,
Então vazia da podridão
Que em mim se barricáva...
Olhei o céu e lá estavam,
Os sonhos outrora,melindrosamente
Cedidos à gaivota.
Cada um deles baloiçava
Na sua devida estrela!
Sei que na altura certa,
Ao meu coração irão regressar...
Enquanto não é hora,
Estrelas_agora mães de leite dos meus sonhos_
O meu caminho irão iluminar,
Não me deixamdo em mim me terminar.
9.11.2007 14h da tarde Café Sardoal
Rosto de Anjo
Vida de Franciscano,
Exilado do carinho,
Exilado do amor.
Nos olhos azuis
Dançam as tristezas,
As interrogações do dedicado agricultor
O fardo que carrega
No bondoso coração,
Não o impedem de eventualmente
Roubar a sua boca
Para satisfazer seu irmão...
Longas caminhadas
Á descoberta do destino
Alimentam o sorriso mais puro
Do Deus Menino!
Para o Meu mais recente amigo,Mauro!
Que continues a sorrir sejam quais forem as tuas descobertas!
11.11.2007 08:40h da manhã Casa dos ossos
(algures numa das matas do Sardoal)
Obrigada Patrícia,Mauro,Dudu e Célia!
Obrigada pelas noites em branco, que ternamente, abraçaram as nossas longas conversas, oferecendo-me muitas das respostas que trouxe.
E viva o café, que nos patrocinou a energia necessária para todas aquelas horas de diálogo.
Estarei sempre aqui para vos ajudar.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Medo,Desculem,Eu não queria...


Sim,é medo

Medo vos desiludir

De falhar e já ninguém acreditar...

Sim,é vontade

Vontade vos fugir

Para não mais ter de encarar

Os olhos que amam

E que vão chorar

Sei que vão chorar


Que se acabem as desculpas

Vamos acabar com as culpas

Se desaparecer

As vossas lágrimas iram secar

Sem desgostos

Elas não têm forma de se alimentar

É tão bom ter carinho

Ter alguém para abraçar

Mas quando o abraço

Se transforma em peso

O coração cansa-se

Os corações desesperam

A unica coisa a fazer

É abalar

Dizer adeus sem falar

Deixar as coisas bonitas

Aquelas palavras lindas

As que não foram ditas

Elas tomarão conta de vos


Se em breve ninguém aparecer

A cantar palavras que vos façam sonhar

Ponham a mão sobre o coração

Deixei algumas escritas de reserva

Penso que dão para remediar






Saudade



Saudade é um sentimento intrinseco em mim.

Por vezes julgo-me a própria saudade,com todas as coisas que lhe são inerentes...

A partida,O choro

A solidão, A melâncolia

A chegada, Que dá lugar à alegria!

Vivo a vida com saudades.

Saudades do presente e do futuro,mas principalmente do passado.Quando olho para este, sinto um vazio.Um singelo na alma, que me consome.

Olho-me ao espelho e não fiz nada...Não vivi!

Limitei-me a existir sem me aperceber que o fazia.

O que mais me agonia no meio de tudo isto,é ter noção dos meus erros e não e não conseguir imendá-los!

A vida já não volta para trás,mas tenho o futuro á minha espera.

Porque não consigo vê-lo?!

Eu tenho a resposta,embora me custe admitir...

Sou(estou) fraca,frágil e cobarde.E tenho medo da vida!

Tenho medo de dar um passo e encontra-me com um precipicio...

À noite,antes de adormecer,revejo o filme de toda a minha vida!

E choro,choro com raiva e saudade...

Penso para mim:

-"Amanhã vai ser tudo diferente!!!Vou à luta,vou procurar a minha vida e vou vencer."

Mas de manhã,quando acordo, a realidade é outra.O céu está cinzento,eu não presto...

Corro para o espelho,estou toda desfigurada!

Já não é um bom dia para vencer...Talvez amanhã.

Daí a minha saudade do ontem...Porque ontem eu era forte,tinha sonhos,tinha esperança!

Será que algum dia irei acordar no presente,com vontade do futuro?!

(P.S.-Há dias assim...)

sábado, 3 de novembro de 2007

Amizade silenciosa


Tenho uma amiga que chora,

Chora muito...

Mas ninguém vê,eu própria não vejo.

Mas sinto,Sinto a s suas dores!

Mas eu não lhe posso dizer

Ela não iria acreditar,Muito menos entender!

Estamos habituados

A aparecer...

A conquistar...

A amar...

A sermos amados...

A desaparecer...

A esquecer...

A sermos esquecidos!

Mas eu não me esqueço,Nunca me esqueci,

Nunca me esquecerei.

A melhor amizade é aquela que não se pede`

É aquela onde o silêncio tem o papel principal,

É aquela onde os gestos engolem as palavras...

Não é metáfora fácil de desempenhar,

Mas eu tento não a deixar cair no esquecimento.

Basta que a alma do meu amigo tenha uma pequena brecha

Para a ternura entranhar nela...

E a magia da amizade silênciosa acontece!

Quando consigo que assim seja

É a melhor vitória do mundo!

Para todos os meus amigos que choram e que eu não vejo...