segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Diário da minha Fuga para o Regresso

Vou neste momento num comboio,daqueles bem antigos dos filmes de época.
Vou refugiar-me algures numa aldeia do interior.
Alinhar os pensamentos,as vontades,as prioridades!
Há pressão a mais para tudo nesta cidade linda que é Lisboa.
Acordar e pensar que tenho de ir à luta...Corta-me a respiração!
Não tenho perfil de guerreira nem de vencedora.
Pode ser que nesta viagem,comigo se cruze alguém,capaz de me ensinar a voar sobre as questões que me afogam!
Passei dias chorosos,mas um choro sereno.
Da falta de,Não Ter Tempo, sequer para pensar...
É uma inquietação normal e que está de passagem_assim o espero.
9.11.2007 10h manhã comboio Abrantes
Fiz uma viagem,longa...
Quis o coração
Distanciar-se da bela cidade
Que ama e lhe pertence
A cabeça
Que o teima em silenciar
Tentou,mais uma vez,amarra-lo
Mas ele fez-se forte!
Fez as malas,com o necessário
Deixou em terra,o que de mais precioso e palpável tinha.
Inspirou-se nos antepassados e fez-se ao mar,
Na companhia das suas dores
Em alto mar
Parou o barco,
Afogou os medos,
Arriscou
E entregou à gaivota os sonhos,
Na esperança de ela os projectar
O mais alto que conseguisse
(e que eles assim o merecessem voar).
Na noite escura regressei,
Então vazia da podridão
Que em mim se barricáva...
Olhei o céu e lá estavam,
Os sonhos outrora,melindrosamente
Cedidos à gaivota.
Cada um deles baloiçava
Na sua devida estrela!
Sei que na altura certa,
Ao meu coração irão regressar...
Enquanto não é hora,
Estrelas_agora mães de leite dos meus sonhos_
O meu caminho irão iluminar,
Não me deixamdo em mim me terminar.
9.11.2007 14h da tarde Café Sardoal
Rosto de Anjo
Vida de Franciscano,
Exilado do carinho,
Exilado do amor.
Nos olhos azuis
Dançam as tristezas,
As interrogações do dedicado agricultor
O fardo que carrega
No bondoso coração,
Não o impedem de eventualmente
Roubar a sua boca
Para satisfazer seu irmão...
Longas caminhadas
Á descoberta do destino
Alimentam o sorriso mais puro
Do Deus Menino!
Para o Meu mais recente amigo,Mauro!
Que continues a sorrir sejam quais forem as tuas descobertas!
11.11.2007 08:40h da manhã Casa dos ossos
(algures numa das matas do Sardoal)
Obrigada Patrícia,Mauro,Dudu e Célia!
Obrigada pelas noites em branco, que ternamente, abraçaram as nossas longas conversas, oferecendo-me muitas das respostas que trouxe.
E viva o café, que nos patrocinou a energia necessária para todas aquelas horas de diálogo.
Estarei sempre aqui para vos ajudar.

1 comentário:

sandra disse...

muitas vezes caminhos sozinhos ,pela estrada da vida.até que um dia encontramos quem nos estenda a mao e nos ensine a caminhar ,pelos caminhos esburacados e controversos.nada e facil mas o amor ,sim o amor esse pode tudo patricia tudo se consegue com amor.com o mesmo amor com que vives avida ele ensina-te a caminhar.beijo minha querida.sandra 10sh1A