quarta-feira, 30 de abril de 2008

Hoje


Meu coração pesa hoje
Muito mais do que ontem…
Inundado de saudade,
Afogado por recordações,
Meu coração bate hoje
Menos do que ontem!

Meu coração chora hoje
Muito mais do que ontem…
Lágrimas invadem-me o olhar,
Embargam-me o sorriso,
Meu coração vive hoje
Muito menos do que ontem !!!

sábado, 26 de abril de 2008

Tudo o que (não) quis


Quis parar o tempo
Tantas vezes
Parar o tempo,
Descansar ou morrer,
Só uns segundos…
Quis poder ressuscitar
Aprender a sobreviver
Apenas viver

Quis controlar o tempo
Tantas vezes
Acelerar o tempo,
Não parar, apenas viver
Só uns segundos…
Quis apaixonar-me
Aprender a amar,
Apenas amar-te

Quis tudo
Nada eu quis,
Parar o tempo
Acelerar o tempo
Descansar ou não parar.
Nunca soube nada
No devido momento!

Quis morrer (me)
Enquanto em ti eu vivia.
Quis viver (te)
Já -só- quando para ti eu morria.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Era uma vez nos "Cabeças no Ar"

Preciso contar-vos o que a minha voz não consegue dizer. Talvez nem as minhas palavras consigam exprimir todo este estado de graça que, todos vós, me estão a fazer sentir. Mas talvez se olharem para os meus olhos, ou quem sabe até para o meu coração, percebam a felicidade que vagueia em mim.
A felicidade que me faz sorrir!
Não é ilusão.
Não é ingenuidade.
É apenas paixão. Paixão pelo que estamos a fazer. Paixão por todos vocês.
Paixão por esta alegria.
Este companheirismo.
Esta união.
Paixão por haver entre nós amizade.
Uma amizade que acredito ser pura.
Acredito ser verdade!
Vejo nesta peça algo especial…
Talvez seja a magia das palavras e da melodia que temos vindo a dizer e a cantarolar.
Seja lá o que for o que me faz sentir assim este pedaço da minha vida, quero apenas dizer que é muito bom estar aqui.
Desde o momento do café e do cigarro até ao ultimo aplauso!
Estas palavras, acreditem, vêm do lugar mais puro do meu coração.
Cada virgula, cada metáfora, cada ponto de exclamação.
Só as escrevo e as exponho aqui para vocês – todos –, porque gosto de vocês.
Porque acredito em vocês, acredito em nós!
Era urgente para mim que vocês soubessem o quanto significam para mim.
Esta é a minha forma de retribuir e agradecer o facto de poder fazer parte desta pequena magia que a grande maioria sabe existir!
Obrigada.
Obrigada por me fazerem sorrir.
Obrigada por me fazerem acreditar!

domingo, 13 de abril de 2008

Ponto final, parágrafo!


Obrigada Senhor!
Finalmente atendes-te o meu pedido.
Não lhe controlaste os passos nem as palavras – como eu no fundo tinha esperança que o fizesses –, mas controlaste-lhe os movimentos!
Ele telefonou-me.
Passei oito horas numa camioneta, a realizar na minha cabeça as cenas que gostaria que ambos protagonizássemos, no suposto reencontro.
Afinal, não houve reencontro.
Não houve declarações de arrependimento.
Não houve lágrimas de amor.
Não houve o tão esperado beijo, com que eu sonhava desde a última vez que estivemos juntos, há meio ano atrás…
Um banal telefonema!
Apenas as nossas vozes estiveram juntas. Foi através das nossas vozes desafinadas que colocámos o ponto final na nossa história de amor.
Não quero agora recordar pormenores: as suas palavras controversas; o litro e meio de lágrimas que, compulsivamente, dos meus olhos saltavam e as outras tantas que o meu orgulho abafou, etc.
Já me basta não me conseguir habituar à ideia de, após três anos de angustia – da minha parte -, tudo acabar sem ao menos puder ver, uma ultima vez, o seu olhar!
Já me basta a frieza e a brutalidade com que tudo terminou.
Seja como for, escutasTe a minha prece. O fugidio ponto final está agora no seu devido lugar.
E agora…
Agora já posso voltar a pensar em viver.
Agora não existem reticências e interrogações.
Agora não há mais razões para esperar pelo passado.
Doeu-me muito.
Dói-me horrores!
Mas… obrigada Senhor.
Obrigada por não me deixares mais à espera – morta – mais meia dúzia de meses ou anos.

Para além de regressar a casa com a certeza que tudo acabou, levo também comigo uma grande lição: ninguém neste mundo – seja quem for – vale mais do que nós próprios.
Não se pode gostar tanto de uma pessoa, a ponto de a sobrepor-mos a nós mesmos.
Ninguém é tão especial assim que mereça esse amor todo, essa dádiva!
Até porque, quer queiramos quer não, quando damos amor a alguém esperamos sempre algo em troca: um sorrio, um olhar, uma palavra, um abraço, etc., – nem que seja inconscientemente.
Da primeira vez que damos não nos importamos com o silêncio, da segunda vez este ainda não mexe connosco, mas nas vezes seguintes o silêncio do outro lado começa a magoar muito!
Este tipo de situações não são boas para nenhuma das partes.
Assim, o melhor a fazer é nunca dar amor de mais.
Sabermos dosear bem o carinho.
Podia ser tudo muito mais belo, não fossemos nós – Seres Racionais – tão egoísta!
Talvez eu queira viver num mundo cor-de-rosa criado pela minha imaginação, mas na verdade não me parece assim tão difícil ser gentil e atenciosa com as pessoas de quem gosto – pelo menos com essas. Posso, por acaso, um dia estar mais ocupada ou distraída com alguma coisa, e então não prestar atenção aos que amo. Mas, adoptar esta postura no dia-a-dia, a mim soa-me a egoísmo.
Pareço estar a ser radical, é verdade. Mas esta é a minha maneira de ver o mundo.
Só quem sente na pele pode perceber o que digo, infelizmente.
Graças a Deus, ou não, existem muitas pessoas no mundo que parecem que nunca se sentiram abandonadas, à deriva. Parecem nunca ter ouvido apenas o silêncio da solidão.
Ainda bem? Talvez, mas a meu ver não.
Se cada pessoa no mundo já tivesse sentido um silêncio esmagador a cair-lhe nos ombros, talvez tivesse maior sensibilidade e disponibilidade para olhar à sua volta e dar a mão a quem precisa – e há tanta gente a precisar, calada!
Porém, este é o mundo a que pertenço, infelizmente…muito infelizmente!
«Se não os podes vencer, junta-te a eles».

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Ajuda-me Senhor!!!


Vou em busca do ponto final.
Esteja ele onde estiver, seja ele qual for!
Está quase na hora de cometer a maior loucura da minha vida. É certo que não foram muitas, mas nunca pensei ser capaz de cometer uma loucura de amor.
Eu que dizia que nunca iria sofrer por homem nenhum, sempre o gritei para quem quisesse ouvir!
E agora…
Agora, vivo há dois anos à espera do meu primeiro amor – embora ele não me dê qualquer notícia, qualquer réstia de esperança.
Agora, estou de partida para os seus braços.
Mas não sei se os vou encontrar.
Não sei se eles se vão abrir para mim.
Para falar a verdade, não sei para onde vou.
Apenas sei para onde quero ir: para junto de dele. É só o que quero.
Será pedir muito, meu Deus?
Ajuda-me a encontrá-lo!
Não Te peço que tomes conta dos seus sentimentos, ou que faças com que as suas palavras sejam as que tanto anseio ouvir. Não Te peço isso.
Peço-Te, sim, que tomes conta dos seus movimentos, dos seus paços.
Do seu caminho!
Peço-Te que faças com que o meu caminho se cruze com o dele.
Eu só quero ter uma resposta – sim ou não… tanto faz.
Só quero a resposta.
Preciso dela como do ar para poder viver.
Preciso dela para seguir o meu caminho, com ele ou sem ele.
Preciso é de seguir um caminho.
Tu és testemunha do quão à deriva eu ando.
Só Tu sabes como esta história de amor, cheia de reticências e interrogações, representa um gigante obstáculo na minha vida.
Ela bloqueia-me os movimentos, os sentimentos…a vontade.
A vontade de viver.
Por favor, diz-Lhe para ele vir ao meu encontro.
Ajuda-Me a voltar a viver.
Por favor, ajuda-me Senhor.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

De mãos dadas, como dantes: como sempre!


(porque não te deixas contagiar?há pessoas que são demasiado influenciáveis, outras que não se deixam influenciar nada! tu és a 2ª hipótese.)


Acabas-te de me dizer que gostavas quando eu te dava conselhos...Poucos minutos antes, eu tinha acabado de escrever as palavras que estão entre parêntesis.

Eu não sabia que tu davas importância aos meus conselhos, muito menos que, na sua maioria, os tinhas em boa consideração!
Fiquei tão contente – feliz mesmo.

Desisti de ler os teus emails porque achei que não havia nada que te pudesse dizer, capaz de te acalmar a alma. A sério.

Julguei já não ser importante para ti. E assim fui deixando que a nossa amizade perdesse a essência, que lhe é tão peculiar.

Uma amizade que é só nossa. Fomos nós que a construímos, não há outra igual.

A culpa é da ausência e dos medos que a vida nos vai impingindo.

Tenho saudades de ser tua amiga.

Os amigos reconfortam, chateiam-se, magoam-se, protegem-se, etc.

Já não te oiço os silêncios, como dantes!

Já não os conheço.

Há tanto tempo que não vejo o teu olhar.

Era ele quem me contava as tuas dores, só ele me segredava as verdadeiras palavras que existiam em ti, aquelas que precisavas de disparar, aquelas que os teus medos sufocavam. Agora, bordas as palavras de tal forma, e partilha estas com tantas pessoas que desconhecia serem tuas amigas (no importante valor da palavra que só nós conhecemos) –, que quando chegam a mim parecem vir ao engano.

Não digo isto por ciúmes, acredita. É apenas o que sinto.

Um dia passei os olhos por uma rapariga chamada Liana, que não se dava a ninguém.

Mais tarde vim a conhecer a Andreia, que se entregava a mim e a mais dois ou três amigos.

Nos últimos tempos, essa minha amiga Andreia tem-se revelado, à distância – sem que eu lhe possa ouvir o olhar –, outra pessoa.

Não é que eu me importe com a mudança, não. A mudança não me aflige, de todo. Aliás, acho que a tua mudança até tem sido para melhor.

Mas os céus que nos separam não me têm deixado aprender-te, outra vez.

E eu quero, juro que quero.

Mas sem o teu olhar, o nosso olhar, é tudo muito mais difícil.

Somos tão parecidas.

Tu bloqueias os sentimentos e eu bloqueio as palavras.

Sem querer, e sem o sentirmos, às vezes deixamos que se crie um vazio enorme entre nós.

Este demora tanto tempo a desfazer-se que, quando finalmente conseguimos preenchê-lo já chegou outra vez a hora de partires.

Não quero que as minhas palavras te magoem. Não quero.

Quero que elas nos elucidem.

Nos ressuscitem a espontaneidade da criança que há em nós.

Basta isso, porque o amor está lá… sempre esteve.

Os adultos teimam em deixar de dizer, em deixar de plantar, de regar...

Depois não tem o que colher!!!

Nem o silêncio dos teus olhos, nem os céus que nos separam, nem mesmo os as palavras extremamente bordadas e impessoais serão capazes de nos desenlaçar as mãos!


Adoro-te!

E agora espero não deixar, novamente, que as palavras nos morram.

Agora sei que alguns dos meus conselhos te são úteis.

Ainda precisas que te descubra o olhar e te adormeça os medos.

Isso basta-me para perceber que – sejas tu a Liana, Andreia ou outra qualquer – o teu coração é o mesmo, estejas tu onde estiveres.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Amor verdadeiro


Não aguento mais aprisionar as palavras.
Preciso de as disparar contra ti. É urgente.
Mas não posso fazer isso, não é justo. O que tens tu a ver com as minhas saudades, com as mazelas que elas me causam e com todas as coisas bonitas que tenho para te dar? Sim, porque eu tenho-as, sei que as tenho. É verdade que muitas já estão podres, admito. Mas não tenho culpa. Pois, se sou a primeira a oferecer-te o melhor de mim, se te quero sempre dar, com o maior prazer, o que tenho e o que não tenho, apenas pedindo em troca uma única coisa: que as recebas. Só preciso que te mostres interessado em receber as coisas bonitas que tenho em mim. Então, que culpa tenho eu de estar a apodrecer? Nenhuma. Foste tu que não as quiseste. Claro que, uma vez por outra, me escapou alguns soluços de dor. Mas só de vez em quando. Caramba!
Isso agora também já não interessa. Não as descobriste…não me descobriste. Acabei por me cansar. É-me legítimo. É extremamente cansativo passar a vida a mendigar um bocado de atenção. Quando ma davas eu ficava histérica. Depois passava dias e dias a recordar aquele momento delicioso. Recordava o momento até absorver a maior quantidade de carinho possível, até à última gota.
Mas isso não é vida para ninguém. Passar os dias a recordar o passado para conseguir alguma felicidade que me ajude a ultrapassar a solidão do presente. Que raio de vida é esta? Finalmente percebi que esta rotina não tem futuro. Pelo menos aquele que eu sonho um dia vir a viver. Por isso, acabou.
Vou olhar para mim, por mim. Não vou mais desistir de mim só porque tu não me dizes o que preciso de ouvir. Não vou permitir que mais nenhuma desilusão me faça sequer pensar em desistir dos meus planos. Vou caminhar a passos largos, rumo ao futuro – ao meu futuro.
Acabaram-se as mensagens voluntárias, as visitas surpresa, as palavras magica que te declamo sempre que delas necessitas. As palavras certas, na hora certa, sem precisares de abrir a boca para mas pedires. Acabou, percebes?
Eu também tenho coração, sentimentos, problemas.
Eu às vezes também choro de noite, também ando à deriva.
Mas a culpa é minha, eu sei. Eu é que te habituei mal… Mas sabes porquê? Porque te amava e quem ama é capaz de tudo. Quem ama perde o raciocínio. É o coração quem comanda todos os gestos. Mas, sem amor o coração enfraquece, adoece, morre. Chega uma altura em que já não consegue pensar e é a cabeça que volta a ter o comando da situação. Foi o que aconteceu connosco. Comigo. Tu não me alimentaste o coração. Deixaste-o morrer à fome. Foi então que recuperei o raciocínio.
Agora, finalmente, consigo ver as coisas como elas são. Eu amava-te, por isso adivinhava-te, adivinhava o que sentias. Já tu, nunca me adivinhaste, nem uma única lágrima foste capaz de decifrar.
Tu não me amas.
O amor só merece viver se for alimentado por duas pessoas. Caso contrario não é amor, é sofrimento.
Eu já amei e já sofri.
Agora quero, e vou, apenas viver.
Viver por mim!